Descrição
Os pirilampos são seres multidimensionais que nos permitem ver além do breu. Seres da vanguarda, faróis das tormentas. Roger Willian enviesa por psicodélicos movimentos, revigora a mitologia, pincela a loucura urbana, sem deixar o desejo beat de sair por aí a experimentar o desconhecido. E, ainda assim, questiona o cotidiano, o lugar-comum, vislumbrando as coisas simples.
A música está presente na poesia de Roger, em suas estrofes, rimas e viagens. Percebi em mim, um transe rítmico, como se estivesse ouvindo The Doors ao ler a sequência de poemas de Pirilampo.
Talvez a presença de uma avó em alguns poemas seja a necessidade de voltar ao nosso mundo, de fincar os pés no chão, pois vejo aqui, neste volume iluminado de poemas, algo como “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito” e, para além de Blake, nesta nossa pós-modernidade, as avós de Roger Willian nos servem de portas da percepção.
Daniel Perroni Ratto
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