Descrição
“Paula Valéria Andrade é uma artista que surge de diferentes origens. Oriunda das artes visuais e do teatro, seus poemas misturam visualidade e sonoridade. Pescam na filosofia e na realidade conceitos que são aplicados a sua poética, que mistura registros elevados e populares de línguas e linguagens diferentes.
Seu livro apresenta um universo de não-lugares e um sujeito (ou não-sujeito?) “mutante ambulante” ou “invisível esquecido” trazendo a tona uma solidão filosófica que amplia o sentido dessa Pandemia da Invisibilidade para além da invisibilidade social de um mendigo, mostrando que no mundo atual todos somos mendigos emocionais.
Isso pode ser visto “No que pode ser dito / Pelo poeta maluco / E bandido / Mas geralmente / Não é percebido”, já que a própria autora provoca e diz “Retire tudo de um homem / e repare o que sobra”. E esta realidade são ossos da sobrevivência “as vezes levemente torneada / com bugigangas decoradas / como um bangalô de balangandãs / de camelô.”.
Pedro Tostes, poeta
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